DEFINIÇÃO
A condropatia patelar é o amolecimento ou desgaste na cartilagem que reveste a patela (rótula do joelho) causado por fatores mecânicos ou anatômicos e pode ser classificada do grau I ao grau IV, conforme a gravidade e profundidade da lesão.
FATORES DE RISCO
Acomete pessoas de todas faixas etárias e está associada ao desequilíbrio muscular em razão de déficit de fortalecimento e alongamento muscular nos membros inferiores.
A piora dos sintomas está associada, ainda, à prática exagerada ou má-orientada de musculação (exercícios de fortalecimento de quadríceps), atividades de alto impacto, a exemplo da corrida e pular corda, assim como a subida e descida de escadas e a permanência prolongada em posição com os joelhos flexionados.
SINTOMAS
O principal sintoma é a dor na região anterior do joelho durante atividades do dia a dia, como subir e descer escadas, levantar-se da cadeira ou permanecer muito tempo sentado como o joelho dobrado (flexão). Também pode manifestar-se durante ou após a prática de corridas, futebol, vôlei e esportes em geral.
Outro sintoma frequente são os “barulhos” no joelho, conhecidos como crepitações, percebidos, principalmente, quando o paciente se agacha ou levanta. Muitos pacientes relatam, ainda, uma sensação de estalos e de ter areia nos joelhos.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da condropatia patelar é essencialmente clínico, ou seja, guiado pela história do paciente e exame físico. Os exames de imagem, como radiografia e ressonância magnética, auxiliam na identificação de anomalias anatômicas e também na localização e graduação da lesão, que determina a gravidade e extensão do problema.
TRATAMENTO
Fisioterapia e a correta orientação de exercícios físicos com o objetivo de reestabelecer o equilíbrio muscular do joelho e quadril.
Em casos específicos em que há indicação médica, realiza-se tratamento com medicamentos orais à base de colágeno (condroprotetores) e, em casos mais avançados e com acometimento de outras áreas do joelho, pode ser necessário a realização de infiltrações com corticoide e/ou com ácido hialurônico (viscosuplementação).
CIRURGIA
O tratamento cirúrgico desta patologia é raro e configura uma exceção, somente será considerado quando as queixas do paciente persistirem após o tratamento conservador, sendo certo que a melhor técnica será definida pelo cirurgião após a análise exaustiva do caso.